Evangelion 3.0+1.0 - A Esperança: a (não) instrumentalidade do outro



O fim está aqui. Após 9 anos de espera, o ''Evangelion para acabar com todos os Eva'' está entre nós. Com problemas tanto na produção quanto na vida pessoal de Hideaki Anno, direitor do projeto, o último filme da franquia demorou quase uma década pra ver a luz, e assim, concluir de uma vez por todas a jornada de Shinji Ikari e seu pai, Gendoh Ikari. Contudo, o terceiro fim chegou e agora podemos dar adeus à Evangelion. Dito isto, neste texto, irei abordar o que, ao meu ver, é a linha principal do Evangelion 3.0 + 1.0 - A Esperança, o desenvolvimento da subjetividade de Gendoh e em como igual ao Shinji, Gendoh tanto recusa a relação com o ''outro'' quanto busca obsessivamente se conectar. Para tanto, irei traçar parelelos com outro personagem dominador e obstinado, que é invadido pelo 'outro', Paulo Honório do clássico da literatura brasileira, S. Bernardo, além disso, irei abordar um pouco a importância da língua enquanto mediação entre sujeito e o mundo. Venha conosco entender como esse novo filme Evangelion coloca uma nova luz sob seu antagonista enquanto nos mostra a importância de quebrar ciclos e superar relações tóxicas.

Adeus, Digimundo.

Este não é um texto de análise, review ou crítica sobre a franquia Digimon, e sim sobre o que significou acompanhar este universo durante os últimos 20 anos e sobre o que talvez signifique os acontecimentos de toda série de Digimon Adventure, que chegou ao fim em 2020. Mas você vai encontrar um pouco de análise, review e crítica aqui também, e um pouco sobre mim, sobre crescer, sobre dizer adeus, e sobre você. Mas também pode não ser sobre nada disso.