Tokyo Ghoul - Primeiras impressões



Era muita areia pro seu caminhãozinho.


Como eu disse antes no post de Apostas para a Temporada de Verão 2014, Tokyo Ghoul tem quase tudo pra ser uma serie excepcional nessa estação. Assistindo ao primeiro episódio, aquela sensação de ''opa, tem algo legal surgindo aqui'' foi inevitável, isso sem contar, o  leve sorrisinho estampado no meu rosto ao término da apresentação. Gostei muito da estréia, e mal posso esperar para a próxima semana. 


Mas antes, vamos com calma. Tem um fantasma muito mais perigoso assombrando a série, e não estou falando dos protagonistas. O grande medo dos fãs de Tokyo Ghoul está voltado para o número de episódios, já que ainda não foi revelado. E o pior não é o mistério envolvendo seu comprimento, mas sim se a série vai conter apenas um cour, e de fato, essa será a gota d'água para Tokyo Ghoul. Porque sejamos francos, não há mais nada que impeça o anime de ser um dos melhores da temporada. Bom, ainda não sabemos, porém, vamos rezar pra esse fantasma se manter muito distante da série.

O que me conforta é que o anime está em boas mãos, Morita Shuhei - que já foi indicado ao Oscar de 2013 de Melhor Curta de Animação, e que também dirigiu o OVA Kakurenbo - é aquele tipo de cara que é bem focado naquilo que faz. Por outro lado, o Studio Pierrot tem botado medo em alguns, devido aos poucos recursos utilizados em suas animações atuais, no entanto, vamos confessar que, o resultado final está na maioria das vezes dentro do padrão. E com Tokyo Ghoul não foi diferente, pelo menos nesse primeiro episódio. Um passarinho me contou que a série parece ser prioridade em Pierrot, então, sabe-se que há um pouquinho mais de investimento do que o de costume, mesmo assim nunca se sabe se é o suficiente. Particularmente, gostei demais do designer dos personagens, Miwa Kazuhiro acertou em cheio ao ser fiel ao mangá original de Ishida Sui, isso sem falar também do acerto ao compor as cores do episódio, havia um clima sombrio muito cativante, confesso que na hora me lembrei de Soul Eater não sei porquê, talvez pela atmosfera meio Gótica, meio roxa, não sei ao certo, só sei que havia uma atmosfera muito convincente, agradável, conectou bem com a proposta do anime.


Tokyo Ghoul começa tenso do começo ao fim. Não há música de abertura, e nem de encerramento, e, engana-se quem pensa que a série se sustentou apenas de gráficos bonitos. Foco total na história, introdução cheia de pequenos ápices, que pra mim, sempre é um bom sinal. Gosto de quem não brinca em serviço. Primeiramente, temos aquela cena típica de garoto bom, amigo carismático, e mundo normal. Sentados em um café, Kaneki Ken - o protagonista - e o Hide - o amigo simpático - estão conversando coisas típicas de adolescentes, especificamente sobre uma garota com quem pretende se encontrar mais tarde. Papo vai, papo vem, vemos mais ou menos qualé a de cada um, diálogos naturais são jogados no ar, e tudo isso com o olhar atento da garçonete Kirishima Touka, que está ali observando atentamente os dois conversarem. E só, a cena é cortada. Mas como era de se esperar, nem tudo é o que parece ser naquele mundo. Os noticiários falam sobre um certo ataque que acontece aos arredores de Tokyo, e só para os céticos saberem, fantasmas são uma ameaça real em Tóquio. What? é, isso mesmo.  Sabemos que esses fantasmas comem pessoas e, enquanto eles aparentemente podem viver por mais de um mês em um só corpo. Existem também os chamados "comedores compulsivos", vampiros que matam por causa do desejo sexual que de dentro deles afloram. lol

Enfim, só que aqui não são vampiros, mas sim uma espécie de mortos-vivos que se alimentam de carne humana para sobreviver. Clichê, mas funciona bem. 

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Ken vai lutar a todo momento para manter a humanidade de si,, mesmo já sabendo que já se tornou num monstro. Até onde se sabe, os Ghoul não podem comer comida normal - porque o gosto é horrível para eles - e quando Ken fica com fome, ele sofre a transformação física de um 'vampiro' - mas só até a metade. Eu gosto da proposta do anime, mesmo não sendo inovadora, no mais é uma boa fórmula, funciona de muitas maneiras, e pelo visto a diversão ficará por conta do lado do entretenimento, então, significados filosóficos acerca do que é ser monstro,e do que é ser gente, será meio difícil , entretanto, não vou descartar a hipótese, o que vier é lucro.  O primeiro episódio teve uma execução excelente, tanto em termos de  clímax, como na apresentação dos personagens.  Ken por exemplo, é uma presença simpática na história, e o horror fluindo  ali é visceralmente dolorosa, tanto no uso da violência, como também do psicológico, que creio eu, irão explorar bastante ao longo dos episódios (tomara). Tudo é muito ''agradável'' (se é que a desgraça pode ser vista como agradável hehe) o sangue, as vísceras, os vômitos de hambúrgueres, os membros decepados, e o melhor de tudo; nada é mostrado gratuitamente. Cá entre nós, quer mais o que?

Tenho a impressão que Tokyo Ghoul  é um tipo um quebra cabeça, as peças vão sendo liberadas aos poucos, mas claro, só depois de ter sido jorrado alguns litros de sangue na tela, assim o suspense vai ficando mais interessante e muito mais bem-vindo. Se você não viu ainda, dá uma chance porque motivos não faltam pra você bisbilhotar. O diretor é talentoso e a história é boa, e, mesmo com o número de episódios ainda ser desconhecido, não tem como a série sair dos trilhos horrorosamente. Todos os sinais apontam que será sim uma das melhores séries da temporada. Agora resta saber se algum promete bater de frente com este. 

E ai, responde pra nós essa titioWatanabe! 

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