O segundo episódio de ''Eizouken ni wa Te o Dasu na!'' não poderia ser mais divertido!

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Levemente atrasada na análise, mas vamos lá.

Eizouken ni wa Te o Dasu na! é o novo anime do Masaaki Yuasa, diretor este que prezo muito respeito e admiração pela sua criatividade e versatilidade. Eu já falei sobre o primeiro episódio aqui no blog, você pode conferir clicando aqui.

Um dos pontos que questionei anteriormente, é se o anime teria fôlego nos próximos episódios, e de fato, esse é uma preocupação real, visto que não dá pra saber direito como a história vai se desenrolar. As pouquíssimas pessoas que encontrei na internet que leram o mangá, alegam dizer que o anime está sendo um pouco mais interessante que os quadrinhos. Com o conhecimento escasso do que pode suceder daqui pra frente, e sabendo que o Yuasa também interfere no roteiro original, fica difícil ter um panorama do que esperar, mas o nome do Yuasa dá uma credibilidade. Ainda que o estúdio Science SARU não tenha um orçamento adequado, Yuasa sabe driblar esses problemas, como já demonstrou em trabalhos anteriores. A preocupação vem com o roteiro. Será um anime com comentários técnicos de como fazer um anime ou será uma comédia entre o real e a fantasia da Midori ao imaginar a construção do seu anime? Bom, pelo menos uma coisa está ficando mais clara: o relacionamento das três é bem divertido. 

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Minha personagem preferida até agora está sendo a Kanamori Sayaka, quem cuida da parte burocrática do sonho das duas, vamos dizer assim. A seriedade dela é engraçada, já que a ingenuidade delas de como as coisas podem funcionar é bem gritante. É uma personagem necessária ali pra fazer a história acontecer. O que na realidade, é projetado para ela ser a escada de Midori, e por conseguinte da riquinha Tsubame, na prática, acontece ao contrário, porque as duas tem uma personalidade mais ou menos semelhante, então ela se destaca. Também é engraçado a reação dela quando Midori começa imaginar o anime na realidade delas - como uma das cenas finais onde ela inunda um prédio pra fazer com que haja vento para o moinho girar - e a Kanamori vai questionando até onde ela vai para explicar isso. O tom de humor está nela carregando Tsubame nas costas. Esses detalhes fazem a interação entre elas um aspecto bem interessante, o anime cria asas pra voar (com o perdão do trocadilho, hehe).

Assim como os filmes do Tarantino é uma carta de amor ao filmes que assistiu, estou com a impressão que esse anime é uma carta de amor do Yuasa aos animes, mais precisamente na criação. Desde o começo onde elas entram num lugar praticamente abandonado, destruído, sem orçamento nenhum, sem ideia, apenas com o desejo de fazer um anime do zero com as próprias mãos, me passa uma impressão de que o ingrediente essencial é a vontade de fazer acontecer, mesmo com inúmeros empecilhos no caminho. Não é que o Yuasa esteja romantizando o perrengue que é fazer um anime com praticamente zero recursos, mas sim o sonho ingênuo que faz com que suas colegas embarquem na ideia. Como no final quando elas descobrem quanto ganharão pra fazer um anime.  

Enfim, gostei bastante desse segundo episódio, achei divertidíssimo, bem dirigido. A animação mesmo não tendo bastante recursos financeiros, há muitas partes bonitas, como quando estão no esgoto ou numa estação de metrô. Até a parte onde o cenário vai ficando mal desenhada quando Midori está planejando como vai ser seu anime, é muito bonito de se ver porque esse é o proposito. Meu único porém mesmo, está no que esperar nas próximas semanas. Se vai ficar repetitivo. Até lá, resta aguardar pra saber. 


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