Cada dia encontro um tipo de Deus diferente.
Confesso que pela sinopse Noragami não é nada atrativo. Quando eu li sobre a história, logo me veio a sensação de estar lendo algo repetitivo. Mais um entre os trilhões de animes que apresentam a mesma premissa. Mas, resolvi dar uma chance, afinal é do estúdio Bones de quem estamos falando. Depois de Zetsuen no Tempest, as coisas andaram dando uma esfriada por lá, porém, pra nossa sorte Bones está prometendo voltar com tudo esse ano, e como vocês já devem ter visto, Space Dandy é uma das grandes promessas para essa temporada, e porque Noragami não pode ser também? Bem, vamos entender os fatos.
A começar pela história. Noragami tem como foco mostrar um Deus e uma menina. O deus nesse caso não é um velho barbudo, mas um adolescente chamado Yato, que trabalha para as pessoas necessitadas por um baixo valor de 5 ienes. A menina é Iki Hiyori, uma estudante que tem uma louca paixão por MMA. Yato de inicio possui um ”Sacred Treasure”, que nada mais é que uma garota que se transforma em uma arma. Ela decide que não quer trabalhar mais para Yato, deixando ele assim sem defesa. Porém, quando ele começa a procurar por ”Milord” (um gato) sem perceber que ele é imortal, Iki pula para salvá-lo de um atropelamento de ônibus, e nesse processo ela acaba ficando presa entre o mundo humano e o mundo sobrenatural. Por causa disso, seus destinos ficam entrelaçados.
Como eu disse anteriormente, Noragami possui um típico enredo ”básico do básico”. Mas será que essa ‘simpleza’ toda possui pernas pra poder caminhar bem até o final? Isso eu não sei responder, mais sei que ele possui alguns requisitos que são suficientes para entreter. Digo isso porque os minutos passaram voando. O anime possui uma vibe incrível, e o senso de diversão te faz esquecer de que talvez você esteja vendo só um ”remake de outros animes”. O clima é agradável, e os personagens não traz consigo uma carga sonífera. Digo isso porque eles são bem expressivos, e isso é bom pra história. Traz um certo vigor e uma energia boa pra que as coisas andem.
Por outro lado os diálogos não são lá tão interessantes, mesmo assim ainda tenho curiosidade em saber como a relação entre eles irá se desenvolver. É engraçado eu dizer isso, quando uma história como essa pede um ”algo a mais”. Então por que raios torna Noragami algo ”assistível”? porque acho a animação bem interessante. O designer dos cenários, o tom das cores, e principalmente ‘o sabor de quero mais’ são algumas características que me atraíram, e só por causa delas continuarei a acompanhar.
Com a direção de Kotaro Tamura, com a escrita de Deko Akao, e a arte de Toshihiro Kawamoto, o estúdio Bones irá sim continuar a ser um lugar onde dependem do uso de CGI, no entanto, o recurso visual que utilizaram nesse primeiro episódio está maravilhoso, e isso basta. Parece que eles tiveram um carinho todo especial na hora de executar as cenas de ação, e também na hora de construir as expressões faciais de seus personagens. Vamos torcer pra que as coisas continuem assim.
Porém, não vamos também ficar com aquele pensamento de que Noragami é um anime paisagem. Há muito o que ser mostrado ainda, e a história que aparentemente parece ser morna (pra mim) pode render momentos bons no futuro. Vou continuar acompanhando para ver no que isso vai dar.
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