É isso que o povo gosta, é isso que o povo quer. VEM MINHA GENTE!
Não mergulhei nesse animê achando que iria encontrar um mar de violência gratuita e muito menos aquele ecchi safado em que todos nós conhecemos. Mas sim, porque vi em um blog X (não lembro o nome agora) que Mnemosyne é um dos melhores animes já feitos, dignos de estar ao lado de grandes clássicos como Ghost In The Shell, Cowboy Bebop e Neon Genesis Evangelion. Como boa curiosa que sou, fui atras de mais informações, e vi que não era exagero. Considerando claro, os argumentos convincentes em que os fãs mais assíduos tinham em mente. Por outro lado, vi também muita gente destrinchando a série como algo de qualidade duvidosa, onde o propósito é se passar por inteligente, na busca de devorar um público sedento por mamilos polêmicos e torturas com sexo, ou coisa do tipo. O que pesou na balança no fim das contas, é o lado das pessoas que gostaram. Resolvi então, ver essa obra que é considerada mediana no MAL, mas que possui muitos fãs convincentes. Quero dividir com vocês agora minhas impressões, e espero também convencer alguém com ela. Mas já adianto: não espere taaaaantos tapinhas nas costas.
Na história, acompanhamos a vida imortal de Rin Asogi, uma investigadora particular da cidade moderna de Tokyo. Rin atua em uma agência secreta em Shinjuku, distrito de Tokyo, realizando trabalhos variados, desde os mais simples até os mais complicados. No entanto, suas tentativas de levar uma vida normal dentro da profissão é constantemente desafiada por casos estranhos, envolvendo personagens misteriosos de seu passado, e inclusive, a impossibilidade de sua morte.
Na história, acompanhamos a vida imortal de Rin Asogi, uma investigadora particular da cidade moderna de Tokyo. Rin atua em uma agência secreta em Shinjuku, distrito de Tokyo, realizando trabalhos variados, desde os mais simples até os mais complicados. No entanto, suas tentativas de levar uma vida normal dentro da profissão é constantemente desafiada por casos estranhos, envolvendo personagens misteriosos de seu passado, e inclusive, a impossibilidade de sua morte.
Mnemosyne é dirigido por Shigeru Ueda (Tales of Eternia, Princess Valkyrie, dirigiu também alguns epis de FMA, Fate/Stay Night e Mouse) e escrito por Hiroshi Ōnogi (Macross Zero, Doraemon). Ela foi produzido pelo estúdio Xebec e Genco em 2008, contando com seis episódios de 45 minutos. A trilha sonora ficou por conta do Takayuki Negishi. Mnemosyne também possui uma light Novel e um mangá de apenas 2 volumes.
É difícil dizer se Mnemosyne corresponde em história a mesma quantidade de elementos obscuros em que ela apresenta. Mas é certo afirmar que ela faz um esforço para que isso aconteça. E isso é muito bacana, porque ela cria um comprometimento maior com o público ao meu ver. A série não se sustenta com o seu apelo sexual e tenebroso, existe sempre um significado para as coisas por baixo dos panos, mesmo que em certos momentos isso não se encaixasse bem e que tenha sido confuso. Talvez este seja um dos pontos mais altos do animê. Independente de qualquer coisa, é válido ressaltar da importância que isso tem, pois assim como aconteceu com Elfen Lied, o gore nos animes apresentou um salto bom, pois ela não está lá mais apenas para causar, mas também para nos fazermos refletir, e isso é muito importante.
Tenho que confessar que eu gostei muito da protagonista, Rin me parece ser aquela mulher perfeita pra carregar no ombro um anime como este. Embora eu tenha que tapar os meus olhos não ver seus pequenos defeitos, Rin deixava sempre cada cena mais interessante, não por ser um ícone sexual ou um objeto de tortura, mas por contribuir com que a história crescesse. Levando consigo a referencia em seu nome de uma deusa grega da memória, ela faz jus à este significado nos brindando com muitos momentos em que sua memória difundia muitos caminhos de contrapartida para os próximos episódios. Por ser uma personagem imortal, isso é uma coisa que casa bem com a proposta estabelecida. Como fruto disso tudo, podemos colher muitos momentos de auge e de triunfo. Os saltos que o anime dá no tempo durante o percurso são grandes sacadas de enredo, uma vez que isso criava uma atmosfera mais ampla para a história. Podemos testemunhar essa grande transição de linha temporal pelos objetos que as personagens usavam por exemplo, principalmente no que dizia no campo da informática e tecnologia em geral. No primeiro episódio, em 1990, Rin usa um notebook com um sistema tipo Unix, a primeira versão do linux surgia em 1991. No terceiro episódio, ambientado em 2011, Mimi (sua companheira de jornada) usa uma versão do Windows Vista. Já a partir do quarto episódio que é ambientado em 2025, o anime faz presuposições de como seria o futuro. Em 2025 haveria duas realidades, a real chamada de 1.0 e a virtual chamada de 2.0. Já no quinto e sexto episódio ambientados em 2055, as duas realidades ficam fundidas. Eu adorei esses complementos, principalmente essa de fundir a tecnologia com vida real, foi de uma sacada bem inteligente.
E o que dizer então do yuri dando oi hein? Pra quem gosta, considere Mnemosyne o próximo animê da lista. Mas calma que existe uma explicação para tantas cenas assim. As personagens imortais têm uma atração física umas pelas outras, portanto, podemos declarar que é um elemento digamos que ''refinado'', já que ela não está lá apenas para marcar presença. Não acrescenta praticamente nada na história, mas pelo menos existe uma desculpinha para a pegação. Só achei meio esquisito os amassos da protagonista Rin com a sua secretária Mimi, parecia uma professora com uma aluna, por causa da diferença de idade baseada em suas aparências. Por conta disso, fiquei com a sensação que a Rin era pedófila (hahaha xD).
Desabafos aparte, eu aprovei a narrativa do animê. No começo, parece que vai ser só uma história de uma agência de detetives, com pegas yuri misturadas com o horror, mas aos poucos percebemos que existe uma consistência maior como plano de fundo, até que chega no último episódio, onde o mistério é revelado, as perguntas são respondidas, e o desfecho é comemorado com sucesso, devido á altas doses de significância. Claro que o decorrer soa um pouco confuso, por justamente ter optado em entregar o que a série é em seu episódio final, entretanto, acredito que isso deve ser visto com misericórdia. Cada episódio contém uma pequena parcela que diz respeito sobre seu contexto, e mesmo que a violência ou o sexo seja desnecessário em algumas horas, é legal ver a série se esforçando pra soar dramalhão. Às vezes eu acabava sendo convencida com a seriedade dos problemas. De vez em quando, uma manipulação não faz tanto mal.
Uma coisa que ficou embaraçada na minha caichola, foi o fato de que: se a fruta do tempo entrasse em uma fêmea, ela se tornaria imortal, se entrasse em um homem eles se tornariam demônios, que ficariam conhecidos como anjos. O anime optou por um lado mais mitológico ao invés de procurar pela razão. Mas tudo bem, eu não os culpo pela escolha, não é algo que faz diferença, só é uma regra um tantinho meio que ''sem explicação'', digamos assim.
Paranoia ou não, o último episódio sem dúvidas foi o melhor de todos, pois fez tudo valer à pena, incluindo esses pequenos embaraços mal saboreados. A mensagem final de que todos nós somos como a árvore Yggdrasil, revela uma face do ser humano muito bonita, aquela que diz que nós carregamos em nós o demônio com aparência de anjo, mas também carregamos a imortalidade, pois nossas memórias são eternas. Pra mim, não poderia ter terminado de forma melhor.
Quanto a qualidade de Mnemosyne, é daquele jeito simples que conhecemos. Não chega ser escrota, mas não é lá digna de muitos aplausos. O que mais me incomodou um pouco é o movimento de personagem, principalmente ao gesticular as palavras. Parecia personagens de papelão sinceramente (em algumas situações). Certas expressões estavam também com um ''gostinho de tanto faz'', mesmo se tratando de uma junção de dois estúdios, o Xebec e o Genco, a qualidade da animação chega a desejar, o que salva é a trilha sonora do Takayuki Negishi. As cenas de ação para mim, não possui nenhuma adrenalina, o que provoca na verdade é o ato em si, as torturas. E é aí, que já emendo uma outra observação negativa na série: o sofrimento da personagem principal Rin não tem peso nenhum. Isso porque eu sabia que ao final, tudo ficaria bem novamente por se tratar de uma personagem imortal. Nem com o seu corpo explodido no avião serviu pra me deixar com aquele frio no estomago em relação à ela. Nada tirou a personagem da zona de conforto: mesmo todas as torturas sendo algo amedrontador, e os gemidos colocando ao ar um alerta de dor, só eram enganações momentâneas, e representava apenas um estado de espírito, nada além disso. Ameaça? longe disso. No final, eu sei que ficaria tudo bem. Tenho a sensação que isso tirou aquele clima de ''risco de vida'' que grande parte dos animes de horror possui. Rin tinha aquele jeito para ser fantoche, mas sei também que havia uma boa explicação por trás daquilo. Era isso que me confortava.
Ser imortal tinha esse lado negativo que mencionei agora à pouco, mas também tinha lá suas vantagens. Ter vida eterna representava na série uma maldição, e nunca como algo bom. Esse ''privilégio'' apenas conquistado pelas mulheres, é algo sem sentido, mas também diz muita coisa interessante sobre o significado da existência feminina. Rin não buscava unicamente sem querer as situações de alto risco, ela também ansiava igualmente os prazeres sexuais como forma de se equilibrar mentalmente. Existia dentro de si um paradoxo de morte e vida, dor e prazer. O misto de emoções fazia com que existisse com essas mulheres imortais ainda mais sensibilidade com as coisas em sua volta, principalmente as pessoas. Tive a impressão que as situações eram mais vividas com intensidade, apesar dela perder com o passar dos episódios sua compostura em relação ao que diz respeito a seriedade.
Em geral, considerei Mnemosyne um anime mediano. Ele possui qualidades sim, como às que citei anteriormente, entretanto, não é um tipo de história que me fez revirar os olhos de excitação. Recomendo ele para quem quer ver sangue e pegação com motivos para tal. Mesmo que essas explicações não sejam o suficiente, é legal porque sua conclusão recompensará as lacunas que por ventura ficarem vazias na sua mente. Não acho que seja um dos melhores animes já feitos, dignos de estar ao lado de outras obras primas, mas ele possui uma ideia interessante e uma animação ''assistível'', isso já é motivo para você já dar uma conferida, garanto que ela não estará na sua lista de piores experiências.
Ser imortal tinha esse lado negativo que mencionei agora à pouco, mas também tinha lá suas vantagens. Ter vida eterna representava na série uma maldição, e nunca como algo bom. Esse ''privilégio'' apenas conquistado pelas mulheres, é algo sem sentido, mas também diz muita coisa interessante sobre o significado da existência feminina. Rin não buscava unicamente sem querer as situações de alto risco, ela também ansiava igualmente os prazeres sexuais como forma de se equilibrar mentalmente. Existia dentro de si um paradoxo de morte e vida, dor e prazer. O misto de emoções fazia com que existisse com essas mulheres imortais ainda mais sensibilidade com as coisas em sua volta, principalmente as pessoas. Tive a impressão que as situações eram mais vividas com intensidade, apesar dela perder com o passar dos episódios sua compostura em relação ao que diz respeito a seriedade.
Em geral, considerei Mnemosyne um anime mediano. Ele possui qualidades sim, como às que citei anteriormente, entretanto, não é um tipo de história que me fez revirar os olhos de excitação. Recomendo ele para quem quer ver sangue e pegação com motivos para tal. Mesmo que essas explicações não sejam o suficiente, é legal porque sua conclusão recompensará as lacunas que por ventura ficarem vazias na sua mente. Não acho que seja um dos melhores animes já feitos, dignos de estar ao lado de outras obras primas, mas ele possui uma ideia interessante e uma animação ''assistível'', isso já é motivo para você já dar uma conferida, garanto que ela não estará na sua lista de piores experiências.
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