Primeiras Impressões de Rampo Kitan: Game of Laplace e Classroom Crisis






















Adivinhe qual desses foi o bom e qual foi ruim. Quem acertar levará para casa uma bala juquinha.

Óh que pena, não existe mais bala juquinha. Acho que estou ficando velha. Poxa, justo agora que queria presentear alguém aqui. Mas tudo bem, não fica triste. Tenho certeza que você que está lendo isso, é uma pessoa inteligente e vai sacar na hora o meu veredito para essas duas estreias. Caso contrário, por favor meça seus achismos aí parça. 

Rampo Kitan: Game of Laplace

O primeiro episódio de Game of Laplace foi muito curioso. Personagens genéricaços com aura de inteligentes, lugares comuns para mistérios complexos. Parece uma grande fusão com o habitual e o inusitado. Para mim, depois de Gangsta, Rampo Kitan Game of Laplace é o segundo melhor até agora da temporada. Se eu estiver errada me convença nos comentários. Por mais que essas duas séries tenham um pouco em comum, que é a referencia à investigação, o visual das duas são completamente opostas, bem como a narrativa, mas isso não desmerece nem uma e nem outra. No entanto, eu considero Gangsta um pouco melhor até o momento, por envolver não só gosto pessoal (apesar de também adorar histórias investigativas), mas também por ter chamado mais atenção como um todo. 

Confesso que nunca assisti nenhuma adaptação em animê desse escritor que é lenda no Japão: Rampo Kitan, nem mesmo o tão bem falado Conan Edogawa. Porém, isso não foi um empecilho para que eu não criasse na minha mente toda uma expectativa, de que coisas boas me aguardavam. Mesmo sendo aprendiz no assunto, pude sentir um pouquinho do porque as pessoas admirarem tanto esse cara. Ao contrário de muitas histórias de detetive onde vemos um Holmes da vida, com seu casaco sobretudo e o inseparável cigarro na boca, o protagonista é um jovem de 17 anos Kobayashi Yoshio, o principal suspeito do assassinato do seu professor. Kobayashi aparenta ser um ''aborrecente'' normal, pirralho chato como qualquer outro de histórias moe, mas a medida que o tempo vai passando, ele se mostra um personagem calmo e inteligente, pronto para tentar resolver tudo na mais humilde paciência dos lords. Isso é o que mais me chamou atenção na personalidade dele. Pude assim, simpatizar mais com toda a situação por causa disso. Entretanto, nem só de um personagem se faz um anime, existem os secundários principais que ajudam a construir as ideias na tela, como o Hashiba, seu colega inseparável e o investigador que agora esqueci o nome. 

Esses trio promete carregar o anime nas costas durante os próximos episódios, mas tenho certeza que os suspeitos do crime, mais a equipe de outros investigares, colocaram mais lenha nessa fogueira. Só é uma questão de quando.

O diretor Seiji Kishi mais o roteirizador colaborador Uezu Makoto fizeram juntos um bom pontapé inicial. Não é nada muito gratificante, mas também nada muito vergonhoso. Game of Laplace caminhou em cima do muro de forma merecedora, e terminou com um pé para subir as colinas mais altas nas próximas semanas. Um grande acerto que contribuiu com isso foi a intensidade da narrativa, daquele jeito morno mais muito intrigador. Eu realmente pude sentir o clima mistério nas falas dos personagens, e nas situações impostas. A Escolha das cores ambiente também foi um ponto a mais, ajudou e muito para que se criasse o que a situação estava pedindo: obscuridade. 

O estúdio Lerche, embora esteja relaxando porcamente na animação de suas obras mais recentes, fez um trabalho bastante razoável nesse primeiro episódio. Aprovei a fluidez, o contraste, e tudo que diz repeito à qualidade visual, não é nada detalhado e mega perfeito, é na verdade, bem simples e direto, o que se destaca são as cores ao meu ver. Gostei muito da abertura e do encerramento, enquanto que; em um vemos uma música agitada misturadas até com pessoas reais, eu outra temos uma música mais calma, mergulhando seus personagens sobre o fundo vermelho. Achei uma contrapartida bacana.

Sobre os acontecimentos, foi uma coisa bastante curiosa colocar aquele professor sem cabeça em posição que lembra muito yoga. Não sei você, mas pra mim não foi tão perturbador, e nem um fato tão chocante como deveria ter sido, na realidade, achei apenas curioso. Eu acho que é aí que Game of Laplace acerta. Eu quero muito que os próximos episódios optem por isso: provoquem a curiosidade e não o medo. Pra uma história de detetive eu quero que o mistério chame mais atenção do que o fato em si. Claro, uma situação bizarra é sempre bem-vinda, como um assassinato monstruoso e chocante que faça com que escorra sangue pelos nossos olhos, no entanto, quero que o anime se concentre mais com o impacto instigante que aquela determinada situação terá em nós. O modo como ela ocorre, a forma como ela surge, e o decorrer das adivinhações que giram em torno dela, pra mim, isso é o mais essencial. É necessário que Game Of Laplace não coloque a carroça na frente dos bois. Ou o passageiro que somos nós será severamente prejudicado. 























Classroom Crisis

Yes, meu primeiro drop da temporada se chama Classroom Crisis. Gente do céu, mas que merda hein. Odiei. Eu já havia imaginado que seria ruim, mas não esperava tanto. Pensei que houvesse alguma possibilidade de que seria no mínimo entretivo, funcional apenas como passa-tempo. No entanto, sinto que perdi 24 minutos da minha vida com essa tremenda baboseira. Nada convence. Personagens clichês e fracos, história rasa, animação genérica. Só tinha passado 6 minutos do episódio, e eu já estava pedindo pra sair. Foi imensamente torturante aquela tentativa de criar uma atmosfera de ''coisa inteligente''. As protagonistas são desinteressantes, não existe química e nem intimidade entre elas. É completamente vazio o modo como se relacionam uns com os outros. Tive muita vontade de dormir, ler, assistir filme, passear no parque, abraçar meus gatos, varrer o chão, lavar louça, correr no são silvestre, beijar a regina cazé, MENOS continuar vendo Classroom Crisis. 


Nem sei o que dizer mais. Se você pretende ver esse anime, passe reto. Não vale a pena. PODE SEEEEEER que um milagre dos deuses aconteça mais para a frente, mas sejamos francos, é mais fácil Jesus voltar para a terra do que esse negócio funcionar. 

Me conte o que achou do primeiro episódio desses animes nos comentários, curta a Nave Bebop no Facebook e siga também no novo Twitter pra ficar por dentro das novidades. Um abraço e até a próxima! Arigatô Sayonara ^~^

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