O coração do fã vai à loucura.
Essa semana, o novo filme hollywoodiano de Ghost In the Shell explodiu a cabeça da galera mostrando um trailer totalmente fiel à animação clássica de 1995. Imediatamente, surgiu uma nova esperança nos otakus para os animes nos cinemas, afinal, quem é que não gostaria que sua animação favorita recebesse uma adaptação fiel e bem feita para o mundo todo ver? Pois é. Eu mesma já sonhei acordada com Cowboy Bebop. Depois que o projeto foi engavetado novamente por falta de recursos financeiros, percebi que foi melhor assim. Não é somente por medo que se tornasse um Dragon Ball Evolution da vida, mas também por saber que há boas probabilidades de sair algo ruim, visto que teria que condensar vários episódios num curto espaço de tempo e etc. FullMetall Alchemist é quem terá que segurar essa bomba, já que os japoneses também resolveram lançar uma live action para a obra no ano que vem. E vou ser sincera: não estou assim tão otimista com FMA. Meu lado fã quer acreditar que pode sair algo bom como o Samurai X, no entanto, encarando a realidade, vai ser complicado adaptar a essência de FMA, e seu universo expandido num curto espaço de tempo. Resta cruzar os dedos e torcer.
Uma boa adaptação porém, também envolve a escolha de atores. Afinal, do que adianta ter todos os recursos, com um elenco que não se parece nem um pouco com os personagens? Bom, em minha opinião, não acho que Ghost In The Shell sofrerá tanto com isso. Tanto se especulou com a escolha de Scarlett Johansson para protagonista - já que o ideal seria uma atriz japonesa - que eu encaro isso com bons olhos - com o perdão do trocadilho, hehe. Eu acho que não podemos esquecer que sim, tudo leva à crer que é um filme para o fã. Mas acima de tudo, não podemos esquecer, que estamos falando de Hollywood. A industria tem sede por bilheteria, e é óbvio, que querem chamar a atenção das pessoas que nem sequer ouviram falar em Ghost in the Shell. É necessário embalar o produto com a cara deles, querendo ou não, só assim atrairá a massa. Fico me perguntando, e daí que a Motoko é japonesa e será interpretada por uma ocidental? Por acaso os animes têm olhos puxados igual aos japoneses? Visualmente, não faz diferença. Não esqueçamos também que estamos falando de uma cyborg. Então, eu estou bem ''whatever'' quanto à isso.
Vi alguém comentar por aí que pelo trailer, o futuro dos animes em Hollywood está perdido. Afinal o ''questionamento existencialista'' aparece apagado, e o que se vê é mais uma ''crítica ao sistema'' e isso muda o tom de Ghost in the Shell. Antes de mais nada, eu discordo dessa afirmação. Pelo o que vi, o filme vai tentar apresentar o conceito de Ghost in the Shell, e acho que isso é um baita desafio. Se bem feito, isso vai pegar um pouco das questões filosóficas existentes na obra original de forma eficaz, além de captar a identidade não só da Major, mas também de todo o resto. O fã de Ghost in the Shell pode esperar desse filme não só uma fiel caracterização, mas também uma pincelada de tudo o que a obra é. Como eu disse uma vez aqui no blog sobre a animação '' O que nos define como ser humanos? O que é a memória? Qual a verdadeira natureza da consciência?'' são esses tipos de questionamentos que movem este filme num futuro próximo. Estamos bebendo da tecnologia e nem percebemos o mal que ela pode nos acarretar.'' E foi justamente isso que vi no trailer. Se isso não for a esperança dos animes em Hollywood eu não sei mais o que é.
O longa tem data de estréia marcada para Abril de 2017 e será dirigido por Rupert Sanders.
Para saber mais sobre o anime, você pode ler um texto antigo meu aqui.
_________________________________________________________________________
Curta a Nave Bebop no Facebook e siga também no Twitter para mais novidades no blog. Obrigada pela visita, e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário