Já começo dizendo que as minhas expectativas foram cumpridas.
Gangsta não é aquele anime que vai agradar todo mundo. Até porque, sua premissa é totalmente diferente do que estamos habituados a acompanhar nas temporadas. Talvez ele faça mais sucesso aqui no ocidente, do que lá no Japão. Isso é um tiro quaaaaaase certeiro, ainda é cedo pra dizer. No entanto, o que é certo afirmar, com certeza, é a qualidade que o anime possui. Falo isso com base no primeiro episódio, claro. Eu espero muito que isso perdure até no final da série: feeling, atmosfera, clímax, diálogos e cenas de ação. Obvio que não deu pra sentir com profundidade cada um desses elementos, mas o pouco que ele apresentou foi o suficiente pra atiçar minha curiosidade em querer continuar vendo. Eu mal consigo me segurar de empolgação pra ver o que vai acontecer nas próximas semanas.
Como havia deduzido no post de apostas, Gangsta me lembrou muito Michiko to Hatchin. Digo mais no sentido de ''atmosfera de malandragem'', vamos dizer assim. A história está situado na cidade de Ergastulum, um ambiente infestado por vândalos, mafiosos e policiais que fazem serviços extras. As casas e prédios trazem um contraste legal de riqueza e pobreza, e possui o clima ideal para esse tipo de história.
Gangsta possui dois personagens principais que ganha a vida fazendo os trabalhos mais sujos da cidade, onde até mesmo os policiais corruptos e bandidos barra pesada preferem não fazê-lo. Eles são destemidos, isso é uma coisa que ficou bem claro. Ambos possuem toda uma aura de desafio e de coragem. Embora pareçam calmos, deu pra sentir que eles sabem conduzir uma boa cena de ação com muito estilo e inteligencia. O loirão com tapa olho de pirata é o Worick Arcangelo, o cara que fala tudo com um sorrisinho sarcástico no rosto. O moreno de roupa social escuro é o Nicolas Brown, sujeito este que fez meus braços arrepiarem com sua audácia e seu estilo único de mafioso espadachim. Nicolas é surdo e por isso ficou bom em ler lábios alheios, durante o episódio, várias vezes conversas em linguagem de sinais são vistas.
Nessa primeira etapa, vimos muitos personagens, só que o centro mesmo de tudo foi os protagonistas Worick e Nicolas, que ficaram à cargo de dar um jeito no novo bandido na cidade que está passando por cima de todas as regras e normas da cidade. Worick e Nicolas acabam demonstrando grande compaixão por uma prostituta, Alex Benedetto, morenona que faz o que faz por não ter pra onde ir. Tanto o chefe de gangue do local, Uranos Córsega, como o chefe de polícia Chade AAdkins querem ver esse bandido e todos os seus subordinados mortos, só que Worick e Nicolas sentem grande misericórdia pela prostituta Alex, que fazem dela ao final sua secretária por tempo indeterminado.
Como episódio de introdução, Gangsta foi excelente. Os personagens foram sido apresentados apenas com atitudes, e isso é bom pra manter uma narrativa mais sofisticada ao meu ver. Considero um episódio ''missão cumprida''. Me entregou o que prometeu.
Gangsta não nos conta sobre aqueles personagens meio que por cima, ele faz questão de ir lá e mostrar todos os detalhes, isso incluí até a cena de sexo com a prostituta (mas não foi totalmente explícito). O anime não chocou com esses detalhes, mas certamente provocou um sentimento de desconforto, e isso é ótimo. Essa obscuridade criou uma grande sensação de realidade e intimidade, em como aquele universo funciona. Como ele é cru. E triste.
A produção Manglobe não foi nada nojenta e escrota. Muito pelo contrário. O carácter designer dos personagens estão bastante distintos uns dos outros, os cenários estão de acordo com a proposta, e a trilha sonora nos induz à imergir na obra. A música de abertura não chega a ser tão legal, mas não chega a ser péssimo. Acho que combinaria mais com a série o hip-hop do que a balada, mas enfim. Em compensação a música de encerramento levinha e doce - mesmo não casando tanto com a ideia - é bastante agradável de se ouvir. Gostei mais dela do que à da abertura. Talvez isso revele um lado mais emocional do anime, não sei, aguardemos.
Gostei de Gangsta como drama. O personagem Nicolas foi o que mais deu esse tom na série, com sua personalidade forte e áspera. Não sei se a série vai se tornar ao longo dos episódios uma série mais vintage ou mais intimista mostradas sobre o cenário mafioso, só sei que independente do rumo que ela tome, uma série bastante distinta vai se formar diante dos nossos olhos. Claro que ela não é inovadora, e mesmo que fosse ainda é cedo pra afirmar uma coisa dessas, mas eu acho que vai sair uma boa pérola do gênero. Se todos os próximos 11 episódios forem como este, tá bom demais.
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