Na parte 01, eu citei vários clichês, como Neon Genesis Evangelion, Ghost in the Shell, Serial Experiments Lain, Planetes, Ergo Proxy, Cowboy Bebop, Gantz, Elfen Lied, Real Drive, Gunslinger Girl, Casshern Sins, e Akira. Nesta, não será tão diferente (risos). Acredito que já devem conhecer a grande maioria dos que vou apresentar aqui hoje, mas a intenção principal não é descobrir, mas sim falar brevemente sobre o porque que eles trabalham bem a ficção científica em suas histórias. Lembrando que esse tipo de post, não tem fim. Até onde der, quero continuar. Por isso, qualquer sugestão é bem-vinda para os próximos - se for bom, é claro.
Antes de mais nada, vou deixar claro que eles não estão por ordem de preferência ou cronológica. Fui colocando cada um, à medida que ia lembrando, dos que eu gosto, assim como fiz da primeira. Alias, se você não leu, clica aqui, porém antes advirto que, se trata de um post antigo. Eu lembro que era novata quando fiz, então, não esperem ler um post super bem escrito (Não que hoje meus textos sejam maravilhosos, mas comparado à antes está bem melhor). Levem mais em consideração os citados.
É isso. Aperte os cintos, que a nave vai decolar.
Bons animes para todos nós.
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BLAME!

Começando por um anime que ainda está fresco na minha memória, já que sua animação é recente, Blame! é uma história cyberpunk, escrita e ilustrada por ninguém menos que Nihei Tsutomu (o mesmo de Knights of sidonia, Abara entre outros). O mangá possui dez volumes, e foi publicado entre 1996 à 2003 na revista Afeternoon da Kodansha. No Brasil, ela veio pela editora JBC em 2016, e o autor até veio na Comic Con de SP também ano passado pra falar sobre seus trabalhos no estande da editora brasileira. Quem conseguiu pegar um autografo dele, deve se considerar uma pessoa de sorte, porque o cara faz um trabalho excelente, tanto em termos de ilustração, como de história, que flertam muito com o perfeccionismo nos cenários, como também, com a interpretação do leitor no enredo.
Blame! já ganhou um ONA em 2003 pela direção de Shintaro Inokawa totalizando 6 episódios + um OVA pela Production I.G em 2007 totalizando 2 episódios curtos. Recentemente ganhou um filme animado pelo estúdio Polygon Pictures, dirigido por Hiroyuki Seshita, com ajuda do roteiro do próprio autor original Nihei juntamente com outro roteirizador convidado Sadayuki Murai. Vale lembrar que esse filme foi distribuído pela Netflix, portanto, está bem acessível para começar conhecer um pouco mais sobre Blame! que pra mim, é uma super boa porta de entrada. Recomendo começar por ele, e em seguida pelo mangá.

Não espere explicações. Isso, você mesmo terá que descobrir por si só. Por isso, não é uma história para qualquer um, é para um público bem especifico. Pra quem gosta de sci-fi é um prato mais do que cheio. Apesar de se passar num ambiente futurístico, ela é bastante realista, porque a construção de mundo é incrivelmente bem montada, seja pelos cenários, como pela naturalidade com que tudo acontece. A forma como somos jogados naquela história, sem maiores explicações, também dialoga com a forma de vida que temos hoje. A vida é estranha, e ponto. Não há nada além do mistério que assola nossa existência. Buscar um significado para ela, é algo relativo, e muito pessoal. Por isso, as respostas você terá que buscar por si só.
Apenas digo; Vale muito a pena.
Mais um clichêzão inevitável da lista, Psycho Pass foi um super anime de 2012, que com certeza, apareceria por aqui uma hora ou outra. Pelos seguintes motivos. É um cyberpunk daqueles que fazem os olhos brilharem. Tenho certeza que quem assistiu, certamente também guarda boas lembranças.
Pegando a premissa básica da série, Psycho Pass se passa em um mundo onde o princípio de que "todos são inocentes até que se prove o contrário" não se aplica, o julgamento é dado por um sistema que analisa o estado mental das pessoas e as categoriza como potenciais criminosos ou não, intitulado de "Sybil". É dada também uma probabilidade de "cura" (terapia), de recuperação mental desses indivíduos. Caso essas pessoas sejam classificadas como irrecuperáveis, sua sentença pode ser a prisão ou a morte, mesmo que não tenham cometido crime nenhum. Como auxílio em suas investigações, a polícia usa um grupo de prisioneiros "especiais", chamados Executores (Enforcers), para ajudá-los a capturar ou matar esses indivíduos "não mais necessários". Para tal, utilizam uma arma especial, chamado de Dominators, ou "Os olhos da Sibila". Akane Tsunemori é uma policial que acaba de ser transferida para essa divisão, mas ela parece não acreditar que existam pessoas irrecuperáveis.

O primeiro anime de 22 episódios dirigido por Naoyoshi Shiotani e Katsuyuki Motohiro (que é o que mais recomendo) é do estúdio Production I.G e tem a trilha sonora de Yugo Kanno. O mangá, a light novel e a segunda temporada do anime, você pode deixar de escanteio.
Olha ele aqui de novo! Mais um que eu não poderia deixar de lado desta lista, ''Ginga Eiyuu Densetsu'' ou ''Legend of the Galactic Heroes'' como preferir, é uma light novel escrito por Yoshiki Tanaka entre 1982 e 1987, e foi posteriormente adaptado para anime e mangá. E como havia dito em outro post, eu considero uma obra obrigatória para quem gosta de sci-fi.
O plot se centra durante décadas, o Império Galáctico foi travado em uma guerra interestelar com a Free Planets Alliance, um conflito que envolve milhares de naves espaciais e milhões de soldados em ambos os lados. Dois novos comandantes entram no conflito com grandes esperanças: o Almirante Imperial Reinhard von Lohengramm e o FPA Yang Wen-Li. Ao lidar com superiores e subordinados, manobrar através de arranjos políticos complicados, planejar estratégias e vencer batalhas, cada um será testado e, em última instância, alterado pela realidade da guerra.
O plot se centra durante décadas, o Império Galáctico foi travado em uma guerra interestelar com a Free Planets Alliance, um conflito que envolve milhares de naves espaciais e milhões de soldados em ambos os lados. Dois novos comandantes entram no conflito com grandes esperanças: o Almirante Imperial Reinhard von Lohengramm e o FPA Yang Wen-Li. Ao lidar com superiores e subordinados, manobrar através de arranjos políticos complicados, planejar estratégias e vencer batalhas, cada um será testado e, em última instância, alterado pela realidade da guerra.
Isso mostra que mesmo quando os seres humanos têm migrado para o espaço, ainda não podemos lutar contra a nossa natureza para batalhar uns aos outros em uma luta pelo poder.

Dito tudo isso, é um anime mais do que recomendado. Tenho certeza que você aprenderá muita coisa com ele, desde dicotomia política, como a essência que rege o comportamento humano. Tudo isso, em um contexto totalmente verídico da ficção científica.

Outro chupinhado da lista ''animes espaciais'' que eu tive que resguardá-lo também aqui é Yuchuu Senkan Yamato 2199. Originalmente criado em 1974 pelo Yoshinobu Nishizaki e Leiji Matsumoto e se tornou um grande sucesso do gênero.
A premissa básica conta as aventuras da tripulação espacial Yamato, no ano de 2199. A raça humana foi esmagada em sua guerra com os Gamilos, dirigindo-se para cidades subterrâneas contra assalto invasor. Os cientistas estimam que eles têm apenas um ano. Os jovens oficiais Susumu Kodai e Daisuke Shima encontram uma cápsula misterioso de um navio que fez um pouso de emergência em Marte e voltar com ele para a Terra. Ela contém a última esperança da humanidade: o planeta Iscandar do outro lado da galáxia Magellan tem a tecnologia para derrotar os Gamilos e restaurar o planeta. O Yamato é incumbido desta tarefa, mas eles têm apenas um ano antes do fim da humanidade.
''Patrulha estelar'' como é conhecido por aqui, é uma grande aventura espacial. Tanto a série clássica de 1974 como o reboot que ganhou em 2013 são ótimos, e vai de cada um escolher qual assistir. Mas de uma coisa é certa: é um anime obrigatório para o otaku fã de sci-fi, assim como é Star Wars para o nerd.
Stein;Gates
Viagem no tempo; um dos temas mais clássicos da ficção científica, também merecia uma história à sua altura. Pois bem. Stein;Gates é um dos animes mais queridinhos dos otakus que fazem jus a fama e ao tema. E não é pra menos.
A história começa em 28 de julho de 2010, em Akihabara, com Rintarō Okabe e Mayuri Shiina indo para o prédio da Rádio Kaikan. Dentro do prédio, Okabe encontra o corpo de Kurisu Makise em cima de uma poça de sangue em uma sala. Ele deixa o prédio com a Mayuri em pânico e envia uma mensagem para Itaru Hashida sobre o acidente quando todas as pessoas em sua volta somem rapidamente. Elas aparecem momentos depois mas ninguém em sua volta teve a mesma experiência. Sem saber o que acontecia, Okabe foi estudar esse fenômeno de enviar a mensagem para o microondas e descobriu que assim as mensagens eram enviadas para o passado, podendo alterar o futuro. E ele e seus amigos começam a explorar essa descoberta até que a organização chamada SERN descobre sobre eles e tenta persegui-los. A partir deste ponto Okabe e seus amigos tentam escapar do futuro que as diversas linhas de mundo que eles visitaram os ofereceria.
A história começa em 28 de julho de 2010, em Akihabara, com Rintarō Okabe e Mayuri Shiina indo para o prédio da Rádio Kaikan. Dentro do prédio, Okabe encontra o corpo de Kurisu Makise em cima de uma poça de sangue em uma sala. Ele deixa o prédio com a Mayuri em pânico e envia uma mensagem para Itaru Hashida sobre o acidente quando todas as pessoas em sua volta somem rapidamente. Elas aparecem momentos depois mas ninguém em sua volta teve a mesma experiência. Sem saber o que acontecia, Okabe foi estudar esse fenômeno de enviar a mensagem para o microondas e descobriu que assim as mensagens eram enviadas para o passado, podendo alterar o futuro. E ele e seus amigos começam a explorar essa descoberta até que a organização chamada SERN descobre sobre eles e tenta persegui-los. A partir deste ponto Okabe e seus amigos tentam escapar do futuro que as diversas linhas de mundo que eles visitaram os ofereceria.
Acredito que tudo o que disser aqui, será chover no molhado, mas vamos lá. Steins Gates é uma obra surpreendente, com bons personagens, história muito bem construída que se encaixa em todos os pontos. É um anime bastante acessível, de fácil compreensão. Embora muitos reclamem do começo arrastado/parado, a questão de viagem no tempo da ficção científica está muito bem representado. Sem dúvidas, é uma obra, pra ser até re-assistida. Não porque seja de difícil compreensão ou algo do tipo, pelo contrário. Na verdade, ele é tão bem construído, que certas cenas, merecem certos replays.
O visual dos personagens podem até ter um designer meio clichê, no entanto, isso é recompensado em desenvolvimento. A história faz com que gostemos de cada um mais tarde, e o final compensa qualquer começo morno. Vai por mim, Steins Gates é um anime inesquecível, seja dentro da ficção científica, como fora dela. Recomendo forte.
Eve no Jikan
Falei ano passado desse anime na Corrente de Reviews, e posso afirmar que ele é merecedor de estar aqui novamente. Isso porque, Eve no Jikan me foi uma grata surpresa dentro do gênero sci-fi. Pra quem gosta do escritor Isaac Assimov, e principalmente, das leis da robótica, vai se deliciar com Eve no Jikan. Isso porque, sua premissa é toda pautada nisso.
A história se passa em um futuro onde os robôs se aparecem muito com os humanos. Nesse sentido, até me lembra Blade Runner. A diferença é que sabemos quem são os robôs e quem não são. Somente quando eles começam a frequentar um estabelecimento é que as personalidades se confundem, e não se sabe ao certo quem é quem. Enquanto isso, as pessoas vivem menosprezando os robôs desde os minutos iniciais - vide a irmã do protagonista, que logo de cara já se refere a sua empregada robô como ''coisa''. É interessante notar que o próprio comitê de ética do Japão, encara quem trata os robôs com respeito, como pessoas maníacas, que possuem forte dependência pelos androides. Isso se torna então motivo de deboche naquela sociedade, porque o bacana mesmo é sentir nojo das máquinas. Tratar-los com enorme indiferença, como se eles fossem apenas uns meros clones solitários.

A trama de Eve no Jikan é centrada na relação de desprezo entre humanos e robôs. E por mais que se trate de uma ficção científica, tudo é muito ''pé no chão''. Em outras palavras, se trata de um futuro distópico realista. O sentimento de verdade é passado com facilidade, não só por causa daquele futuro ser verossímil, mas também pelas expressões dos personagens que não deixam nada à desejar. O 2D e o 3D são usados de maneira brilhante na série, e contribuem ainda mais com o clima futurístico. Todos os cenários, cores, sombreamentos, luzes, bem como as expressões faciais dos personagens, estão beirando perfeccionismo.
Dito isso, só tenho a dizer que anime é bastante atual, inovador, e irreverente. Ele consegue falar com a geração atual, de um jeito até então novo. De uma perspectiva diferente, com uma roupagem moderna. Sinceramente, pouquíssimas vezes vi um anime como esse: que soubesse tratar um elemento clássico da ficção científica com total respeito e dignidade. Com apenas 6 episódios de aproximadamente 15 à 27 minutos, Eve no Jikan pode ser o sci-fi perfeito para quem anda sem tempo.
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