Enquanto os cowboys fazem parte do imaginário popular dos EUA,os japoneses também tem seus heróis do passado a quem sempre recorrem quando precisam de inspiração para alguma história. Os samurais possuem seus próprios códigos de conduta e atraem sempre as atenções de muitos quando aparecem em alguma cena. Para quem está cansado de samurais superpoderosos como os de Rurouni Kenshin e Samurai Champloo,a saída é ver um lado mais humano em Samurai 7.
Precisa-se de um Samurai
Em um vilarejo chamado Vila Kanna, numa época desconhecida situada no futuro, os camponeses trabalham feito animais para plantarem arroz. Tudo iria bem se não fosse um pequeno detalhe: quase toda totalidade da produção é levada por bandidos periodicamente, e os camponeses nada podem fazer contra os bandidos armados com seus mechas. A saída para tal problema sai da boca do patriarca da vila, que decide que devem contratar samurais para extinguir esse mal que os assola. Três pessoas foram nomeadas para irem á cidade procurar um samurai para ajudá-los. Com apenas um saco de arroz nas costas á oferecer ao samurai que topasse a investida contra os bandidos,os três seguem para a cidade. A cidade apresenta desafios á qualquer um que venha de um pequeno vilarejo. A sorte dos três só viria a sorrir durante um problema que Kirara presenciou na cidade e a fez conhecer três samurai distintos. Depois de muita insistência eles decidem ajudar o vilarejo em troca de arroz. Segundo seus cálculos,é preciso um gripo de sete samurais para libertar a vila de seu problema.
Uma aposta arriscada?
O que me prendeu no começo foi a animação linda,e logo depois os personagens terminaram por me cativar completamente. Samurai 7 não foi baseado em mangá algum, e sim em um loga-metragem de 1954 dirigido por Akira Kurosawa. O animê foi baseado em uma super produção ,custando 300 mil dólares por episódio, em alta definição. O esmero é notado logo nas primeiras cenas com robôs belíssimos se movimentando em meio á poeira,e logo depois somos contemplados em uma reunião de camponeses todos com movimentos distintos, seguindo a sacerdotisa da água e seu pingente mistico, feito em 3D,mas com o cenário perfeitamente em animação normal. Outro detalhe belíssimo no anime é sua trilha sonora,que mistura os tambores de motivação nas batalhas com faixas que usam instrumentos clássicos,muitos parecido com Inuyasha. Mas a explicação das trilhas sonoras parecidas é fácil, o diretor de som dos dois animês é o mesmo. Para completar as músicas empolgantes,temos Nanase Aikawa cantando a abertura ''Unlimited'',coincidentemente ,a mesma cantora foi responsável pela terceira abertura de Inuyasha (Owarinai Yume).
Os sete de Kurosawa
Como já dito,o animê de Samurai 7 é baseado no longa Os sete Samurais,de Akira Kurosawa. O filme foi profuzido em 1954 pelo estúdio Toho e traz no elenco estrelas do cinema oriental como Toshiro Mifune no papel do Samurai Kikuchiyo. Ao contrário da série animada,o filme não se passa no futuro ,e sim no século passado. A história também tem ligeiras diferenças por não ter personagens importantes do animê. ''Os Sete Samurais'' recebeu duas indicações ao Oscar naquele ano,o de melhor figurino e o de melhor direção de arte.
Samurai 7 é um excelente animê para quem quer se envolver com personagens determinados que ditam seu próprio futuro. Com tantos protagonistas você acaba se identificando com algum, assim como sofre com suas mortes. As lutas de tirar o fôlego e momentos inesperados fazem o coração palpitar mais forte enquanto você torce para que os camponeses consigam a liberdade,que é um sonho de todos nós.
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