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Fuu, é uma jovem que quer encontrar o ”Samurai que cheira a girassol” , só que ele habita em outra extremidade do Japão. Fuu acaba encontrando em seu caminho Mugen e Jin, dois samurais que irão segui-lá devido a uma aposta perdida. (via Wikipedia)
Samurai Champloo é dirigida e animada por ninguém menos que Shinichiro Watanabe ,ao qual já nos deu a dádiva de assistir Cowboy Bebop, Sakamichi no Apollon, e futuramente em 2014 estreará com Space Dandy.
O anime estreou em 2004 pelo estúdios Manglobe.
Talvez a história de Samurai Champloo não seja tão criativa, e de fato não é. Mas é só deixar as coisas fluírem em seus personagens que tudo se torna mais atraente. Sim, tudo mesmo. Desde os pequenos detalhes ao grandes acontecimentos.
É impossível você não se simpatizar pelos personagens. Não importa que tipo de preferencia você tenha para animes. Não importa o que você esteja procurando em suas personalidades. Quando se menos percebe, você já estará automaticamente torcendo por eles, e se importando, o que acho legal. O interessante é que a história não oferece uma brecha pra contar o passado deles (só nos episódios finais) , mas em apenas alguns diálogos você já consegue sacar quem é quem. E mais, você consegue fazer parte do trio. Eu aprecio muito quando esse tipo de anime me coloca pra dentro, e não faz eu sentir que sou só mais uma estranha vendo de longe o que ta acontecendo com aquelas pessoas. Ta cheio de animês que faz o público de idiota. Triste realidade, mas é a verdade. E isso não se prende só na animação japonesa, como em qualquer outro tipo de mídia, como filmes ou música, mas isso já é conversa pra outra história …
Voltando ao assunto, a coisa que mais me impactou no início, foi ver a o formato que Watanabe usou como recurso para mostrar os acontecimentos. No primeiro episódio temos três histórias sendo contadas simultaneamente, e alternando sempre entre eles. Quando me deparei com isso, de cara já achei genial. Afinal, criatividade sempre é bem vinda. Também fiquei ainda mais aliviada, quando isso se sucedeu em seus episódios seguintes, foi divertido. Eu acho que o espirito é esse. Tinha algumas cenas em que eles começavam pelo fim. Não era um tipo de spoiler, era uma espécie de pista pra você poder entender o que ia acontecer depois. Eu amei esse detalhe.
Um ponto forte dessa série é o alívio cômico. E esses momentos aparecem quando se menos se espera. Eu gosto de ser surpreendida, ainda mais quando as piadas são verdadeiras. As vezes elas podem surgir em formato clichê, mas elas vão além, e seguem fugindo da mesmice de outros animes. Um exemplo disso, é que normalmente as falas engraçadas viriam do Mugen, afinal ele é todo malandro e pá, mas o Jin, que é um cara super sério e que não fala tanto assim, tem sempre as melhores frases pra fazer o humor acontecer. Até a Fuu, por mais que ela seja bobinha e inocente e que esbanje sempre o óbvio, ela também sempre me arrancava um sorrisinho bobo.
Uma das grandes características que também devo incluir aqui, é a trilha sonora, e o jeito como ela surge em determinados momentos. Ao contrário de Cowboy Bebop e Sakamichi no Apollon, a maestria não fica por conta do Jazz, mais sim do Hip – Hop. Mesmo que o ambiente seja japonês e feudal, a trilha sonora marca presença num estilo tradicional do Ocidente. Em alguns momentos do anime, entre as trocas de cena, há aquele efeito sonoro e visual de disco riscado, bem comum ao rap. Isso não só contribuiu para reforçar a criatividade das transições, como também ajudou num clima mais descontraído. Dou nota dez pra esses detalhes tão pequenos, mas que deixaram tudo tão sofisticado.
Antes de eu começar a falar sobre o conceito da história, tem mais um aspecto sensacional que eu não podia deixar de comenta-lo aqui. Já disse que o humor é uma grande ponto forte da série, no entanto, talvez não tenha explicado que o anacronismo dos momentos cômicos é extremamente muito constante. Para quem não sabe, anacronismo é quando, numa retratação histórica, algo que não faz parte do seu tempo faz uma participação. Vamos de exemplo, imagine que D. Pedro I ao proclamar o grito da independência pegou seu celular pra dar uma tuitada sobre o que ia fazer antes. Isto é humor anacrônico. Vemos em Samurai Champloo pequenos objetos do futuro convivendo com os personagens naturalmente, o par de óculos que o Jin usa é um bom exemplo disso. Ou quando os muros dos dojos eram grafitados.
E no meio dessas anormalidades, tem um episódio que chamou bastante a minha atenção, que foi o caso do número 22, onde zumbis e influências alienígenas se apoderaram do ambiente. Consegui me entreter bem, e aquilo ali ficou muito interessante. Mesmo contento umas informações meio confusas. Logo em seguida, no episódio 23, vemos um clima voltado mais para o esporte, e me deparo com uma das cenas mais engraçadas que havia visto no anime até ali então. spoiler> No meio do torneio de baseball Mugen vira Break < spoiler, desculpa mas eu ri litros com essa cena.
Agora, sobre o conceito da história, eu consigo interpretar que Samurai Champloo é definido como uma busca ao desconhecido, ou simplesmente, se reencontrar como pessoa. No início eles se odeiam, mas depois eles viram uma espécie de irmãos. Eles passam a se ajudar, e valorizar mais um ao outro. Ou seja, eles se desenvolvem bastante. O final foi surpreendente em cada minuto, e devido a isso, consegui perceber com mais clareza esse aspecto.
Ta ai, uma boa pedida para você que quer assistir uma aventura descontraída, ao mesmo tempo adulta, rica em detalhes mirabolantes sensacionais.
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