Mai The Psychic Girl (1985)


Cuidado, não irrite essa garota.

Mai é uma garota boba e risonha como qualquer outra garota de 14 anos de idade. Para ela seus poderes psíquicos são bons apenas para fazer brincadeiras. No entanto, quando a organização secreta conhecida como ‘A Aliança da Sabedoria‘ tenta usá-la como uma arma para escravizar o mundo, seu pai arrisca sua própria vida para protegê-la, e logo Mai aprende da maneira mais difícil que seus poderes não são apenas para brincadeiras, mas capazes de uma força mortífera inacreditável.
Nem muito japonês e nem muito americano, Mai The Psychi Girl divide a sua história num estilo primordial para conquistar fãs de todas as partes. O sua arte típica dos anos 80, só tem a demonstrar o quanto os mangás daquela época já estavam no mesmo ritmo que as histórias em quadrinhos americanas. Alias, se eu tivesse baixado o mangá em um site qualquer – sem ser especifico em quadrinhos orientais – com certeza pensaria que se trata de uma HQ americana, pois o desenho é bem caracterizado as comics gringas.
Depois de me aprofundar na leitura, percebi que Mai The Psychi Girl é uma grande mistura, desda arte até a sua história. E o resultado foi satisfatório, mesmo pra mim que li tanto tempo depois da sua publicação. Sabe-se que existe grande parte de otakus que preferem aquele mangá do olho comprido, ou de meninas bonitinhas, de lutas estilosas, e até aquela historia mais simples sobre bolos e chás; porém o fato é que mesmo não percebendo de cara, Mai The Psychi Girl tem um pouquinho de tudo isso, mais só quem acompanha até o fim perceberá essas pequenas nuances um pouco que escondidas no enredo.
Mai The Psychic Girl foi um dos precursores da popularidade dos mangás no Ocidente, no começo foi mais pela sua arte, depois provou ser popular o suficiente para a sua história ganhar confiança. A  grande força psíquica da garota Mai conquista destaque e prioridade cada vez mais, deixando dessa maneira a sua marca registrada no mangá.
Cada um pode interpretar o mangá como quiser. Uns podem achar genial, outros cansativo e bobo, mais o que não se pode negar é a existência de um tema extremamente importante; a liberdade. Sim, aquela liberdade de ser aquilo que você quiser, sem ser controlado por governo ou facção, mais sim a sua pura vontade.  Claro que sempre existiram pessoas que usam isso para o mal, como é o caso dos inimigos de Mai  que aparece ao longo da história.
Para que você entenda de maneira clara, Mai The Psychic Girl trata de um jeito bem subjetiva a liberdade racionaria mundial. A  Mai é aquela garota inocente, frágil, mais a medida que o tempo passa ela amadurece de uma forma incrível. Ela que dependia do seu pai para absolutamente tudo, ao longo da historia  ganha grande independência. Aprendeu e conquistou a sua liberdade, sem ferir ninguém, ao qual o mangá ganhou pontos comigo.
Outra coisa que também me agradou muito, foi as cenas onde os poderes psíquicos eram colocas á amostra. Um show de ação a parte, verdadeiro espetáculo.
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Como eu disse antes, Mai era uma garota bem boba, e isso era o que me irritava mais no começo. Outra coisa bem chata é a correria dela e de seu pai contra o grupo da ”Aliança da Sabedoria”. E isso tudo vai até a metade do mangá, incluindo balões cheios de explicações . Entre uma conversa e outra as cenas de ação entravam só pra não transformar tudo ali em algo monótono. Mais ainda bem que isso muda conforme prolongue a leitura.
Enfim, posso resumir que ler Mai The Psychich Girl é uma aventura e tanto, repleto de lutas boas, e personagens que se desenvolvem muito bem ao longo do tempo. É uma ótima pedida para quem quer ver cenas num enquadramento dos anos 80 com poderes psíquicos extraordinários.

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